O mercado europeu de bombas de calor está ao rubro. Pelo menos é o que indicam os últimos dados divulgados pela Agência Internacional de Energia, segundo a qual houve, a nível global, um grande aumento de vendas de bombas de calor em 2022. Estima-se que o crescimento face ao ano de 2021 tenha sido de 22% na Europa e 11% a nível mundial.
As bombas de calor não são uma novidade e têm apresentado um crescimento em relação ao número de utilizadores desde sempre. Mas esse crescimento era lento.
Então como explicar o aumento repentino da procura de bombas de calor na Europa?
A resposta está no contexto atual: a crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia levou os países europeus a procurarem uma solução eficaz, no sentido de mitigar a dependência de combustíveis fósseis face à Federação Russa, fazendo a transição energética no mais curto espaço de tempo.
Neste momento, a bomba de calor apresenta-se como a melhor e mais rápida solução que se pode encontrar. Esta tecnologia permite responder, de uma só vez e com eficiência energética, às necessidades de aquecimento central e de águas sanitárias, indo ao encontro dos objetivos ambientais e de descarbonização europeus.
Porque é que as bombas de calor são consideradas o melhor sistema de aquecimento?
- - As bombas de calor são mais ecológicas e eficientes do que outros equipamentos usados para aquecer água, uma vez que retiram do ar ambiente — uma fonte de energia renovável — o calor de que precisam para aquecer a água.
- - Consome pouca energia, pois a bomba de calor é um sistema de climatização e de produção de água quente sanitária baseado em “transporte de energia” e não em “produção de energia”. É, sem dúvida, o sistema de aquecimento central e águas sanitárias mais económico.
- - Pode ser 100 % renovável se houver uma integração da bomba de calor com um sistema de produção de energia, como a fotovoltaica por exemplo.
- - É versátil e polivalente, pois pode ser usada para os mais variados fins: habitações unifamiliares, edifícios com apartamentos, espaços comerciais e também industriais.
Mas nem tudo é perfeito: a aquisição e instalação de uma bomba de calor requer um elevado investimento inicial. Apesar de, a médio-longo prazo, esse esforço vir a ser largamente compensado, o facto é que nem todas as famílias têm essa capacidade. O preço da bomba de calor é, aliás, a principal razão para que a mesma ainda não esteja fortemente difundida na Europa.
A venda de bombas de calor vai continuar a crescer na Europa?
Tudo aponta nesse sentido, uma vez que a Comissão Europeia avançou, em maio de 2022, com uma ambição sem precedentes para esta tecnologia: duplicar a taxa de implantação de bombas de calor individuais, com o objetivo de se atingir um total acumulado de 10 milhões de unidades nos próximos 5 anos.
Alguns países europeus já adotaram algumas medidas, nomeadamente a proibição do uso de sistemas de aquecimento baseados em combustíveis fósseis em novas construções. Outros seguirão o seu exemplo.
Paralelamente, aumentará a rede de incentivos financeiros para a instalação de bombas de calor. Aliás, as ajudas e os financiamentos terão um papel primordial, pois é improvável que a procura seja, por si só, suficiente para estimular ainda mais o crescimento. Os incentivos precisam ser abrangentes, incluindo não só os clientes finais, como também os fabricantes e os profissionais de instalação e manutenção. Como consequência, a médio prazo poderemos assistir à redução do seu valor inicial.
É facto: as bombas de calor terão um papel essencial na transformação para uma Europa climaticamente neutra, aliando o objetivo da descarbonização a um crescimento económico sustentável.
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